Em 1891, o papa Leão XIII, representante da igreja católica, publicou a encíclica Rerum Novarum. Revivificava a religião como instrumento de reforma e justiça social e declarava-se contra o marxismo. A preocupação imediata da Igreja não foi com a situação do operário em si, como ser humano despido de direitos básicos, submetido a um regime que chegou a ser pior do que a escravidão (os escravos, assim como os animais, não eram submetidos a longas jornadas de trabalho, pois representavam bens, e, como tais, deveriam ser usados com moderação, para não depreciarem-se; os operários europeus eram submetidos a uma jornada que chegava a dezesseis horas por dia, sem falar na utilização das "meias-forças"). A grande preocupação da Igreja era com os efeitos políticos dessa exploração, não os morais ou biológicos. E os operários já estavam começando a ganhar o apoio do marxismo, tirando a igreja católica, já que o marxismo era contra a Igreja católica. As da luta de classes já estampavam as obras de Marx, dando apoio às pretensões revolucionárias. A estrutura sócio-política da época, garantidora de privilégios, inclusive para Roma, estava por um fio. O clamor social era latente. As teorias socialistas vinham num crescente, infiltrando-se, principalmente, nos sindicatos dos trabalhadores. O medo da "ebulição social" foi tanto que levou o papa Leão XIII a lançar propostas de conciliação entre capital e trabalho, enaltecendo, contudo, que ambos eram vitais (para perder o mínimo de pessoas). A igreja católica também se colocou contra o escravismo.
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